Ciência de Dados e advocacia pública: como melhorar a gestão das procuradorias

Florianópolis sediou o 2º Congresso de Procuradores dos Estados da Região Sul nos dias 8 e 9 de novembro. A Softplan participou com o painel “Ciência de Dados, uma alavanca para a gestão eficaz da Advocacia Pública”. O tema foi apresentado pelo executivo de Inovação, Tiago Melo, e pelo business owner Guilherme e Ramos.
A palestra da Softplan precedeu a fala de Marco Antonio Rodriges, procurador do Estado do Rio de Janeiro, que falou sobre precedentes vinculantes e casos repetitivos. Para Tiago Melo, é um tema relacionado à aplicação da Ciência de Dados na advocacia pública.
“As demandas repetitivas são um dos desafios da advocacia pública que as novas tecnologias ajudam a superar”, disse.
Ciência de Dados e análises de valor na advocacia pública
Dentro da área de Inovação, desde 2016 a Sofptlan tem uma equipe multidisciplinar para criar soluções em Ciência de Dados. Graças à consolidação do processo digital no Brasil, é possível coletar e processar grande quantidade de informações do Judiciário. Já a parte da validação dos dados fica a cargo dos operadores do Direito (procuradores, advogados, magistrados).
“Na Softplan, seguimos um modelo em que especialistas de negócio, cientistas de dados e os operadores do Direito trabalham juntos. Nesta abordagem, o especialista valida tanto os dados a serem processados, quanto o resultado da entrega”, explicou Melo.
Desta abordagem, resultam soluções em Ciência de Dados capazes de produzir análises em quatro níveis de valor:
- Análise Descritiva: o que aconteceu;
- Análise Diagnóstica: por que aconteceu;
- Análise Preditiva: o que acontecerá;
- Análise Prescritiva: como fazer para acontecer.
Como a tecnologia ajuda a superar os desafios das procuradorias
Para a advocacia pública, Guilherme Ramos listou como os principais desafios: aumento de demandas repetitivas, falta de recursos públicos, cobrança da sociedade por celeridade e incremento do suporte tecnológico nos escritórios privados.
Solucionar estes desafios requer iniciativas na gestão e na rotina das procuradorias. São elas: estruturação eficiente da instituição, criação de padrões de defesa, antecipação de estratégias de atuação e novas alternativas para recuperação de créditos.
“O primeiro passo para resolver isso é olhar para o retrovisor. Avaliar os fatos passados, diagnosticar com um olhar sistêmico da instituição. E tomar decisões baseadas em fatos”, explicou Ramos. Para isso, uma procuradoria deve contar com ferramentas para mensurar e analisar os indicadores internos. Exemplo é o SAJ Insights, solução criada pela equipe de Inovação da Softplan para análise de dados da Justiça.
Passo além: análises preditivas para estratégias eficientes
O primeiro passo envolve os dois primeiros tipos de análise descritos por Guilherme Ramos. Tomar decisões com base em dados que já aconteceram. O passo seguinte para uma gestão eficaz da advocacia pública é se criar estratégias para antecipar tendências.
Segundo Tiago Melo, a partir da coleta dos dados da Justiça — processos digitais — é possível aplicar técnicas de processamento de linguagem natural nos documentos. O computador literalmente lê e interpreta o que está escrito nos processos. Conforme as necessidades da instituição, conseguem-se identificar tendências de julgamento para assuntos relacionados, probabilidade de ganho, tempo de duração das etapas.
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