Marcos Florão en evento de direito digital

Softplan participa de Congresso Nacional sobre Direito Digital

A tecnologia está disponível. Mas, nós estamos trabalhando juntos? Humanos e tecnologias?

Esta foi uma das perguntas feitas no IV Congresso Nacional de Direito Digital, realizado nos dias 1º e 2 de agosto, em Florianópolis (SC). O evento foi promovido pela secção catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tem se preocupado em preparar os profissionais do Direito para atuar nesse novo mercado jurídico, especialmente com o advento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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O Congresso Nacional de Direito Digital trouxe as últimas informações sobre blockchain, sandbox, criptografia homomórfica, Inteligência Artificial e Internet das Coisas.

O evento apresentou as mudanças que muito provavelmente ocorrerão no mercado, entre novas oportunidades e a necessidade de se manter atualizado. Além desses temas, discutiu-se ainda como implantar compliance e governança nas organizações para garantir ações em conformidade com as normas técnicas e legislações híbridas.

Palestrantes renomados

O evento reuniu renomados profissionais da área jurídica que atuam na área de Direito Digital e especialistas em tecnologia. Entre eles, o diretor de Inovação da Unidade de Justiça da Softplan, Marcos Florão.

“A tecnologia já está disponível. É uma área em aceleração, um movimento sem volta que acontece no mundo todo. A questão é esta: nós estamos trabalhando juntos? Humanos e tecnologias?”

Uma das principais necessidades apresentadas por ele foi a de que novas mentalidades precisam ser adquiridas, e não novas tecnologias. Para exemplificar, Florão puxou à memória a forma como as coisas eram feitas anos atrás.

“Quando o processo [judicial] era físico, o feeling era importante, a experiência, a intuição, porque não havia dados disponíveis. Hoje em dia, existem dados para muitas coisas. Não é mais necessário ficar intuindo e se perguntando: será que vou ter ganho de causa? Já é possível encontrar resposta para isso porque os dados estão disponíveis.”

O que são legaltechs?

O Congresso Nacional de Direito Digital abriu espaço para que algumas empresas de tecnologia na área do Direito expusessem o que fazem e como veem o futuro. Florão definiu as legaltechs como “empresas e startups que trazem tecnologia e inovação para os serviços jurídicos nas áreas de:

  • redes de profissionais;
  • automação de documentos;
  • analytics e jurimetria;
  • acordos online;
  • pesquisa de documentos;
  • software de gestão de departamentos jurídicos;
  • dados de andamentos;
  • publicações;
  • entre outros.

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painelistas em evento de direito digital

Especialistas que participaram do painel “Lawtechs, Legaltechs e Startups”

Para o diretor de Inovação, o motivo pelo qual as legaltechs surgiram e seu número vem aumentando é muito claro.

“É para potencializar a advocacia e não acabar com a advocacia. É para que os advogados sejam mais produtivos, tenham mais clientes e resultados de melhor qualidade. Em resumo: maior eficiência.”

O advogado Tomás Junqueira de Camargo, que dividiu o painel “Legaltechs, lawtechs e startups” com Florão, concorda.

“O princípio do futuro da tecnologia será usar as melhores ferramentas de pesquisa necessárias para prestar o seu serviço. O advogado não poderá se dar ao luxo de não gostar de tecnologia. Terá o dever de estar informado e ir atrás daquilo que pode contribuir com a execução do seu trabalho.”

O Congresso Nacional de Direito Digital integra a programação do Mês da Advocacia da OAB/SC e propicia o acesso dos advogados e de toda a comunidade jurídica às “novidades tecnológicas que em breve impactarão as suas vidas”, conforme define a presidente da Comissão de Direito Digital da OAB/SC, Sandra Vilela.